A visita foi rápida. Em cinco dias, Lucy Hale, de 22 anos, e Shay Mitchell, 25, desembarcaram em São Paulo, visitaram o Rio de Janeiro e se despediram dos fãs brasileiros no fim de fevereiro. O tempo foi curto, mas o assédio em torno das atrizes de "Pretty little liars" surpreendeu as próprias meninas, que não esperavam que a série fosse tão querida assim entre os jovens daqui. Entre goles de guaraná, visita ao Cristo Redentor, almoço em churrascaria e compras de "biquínis minúsculos", pode não parecer, mas o motivo que trouxe a dupla até o país foi profissional. Lucy e Shay vieram divulgar a estreia da segunda temporada da série, marcada para o dia 28, às 19h, no Boomerang. Por onde passaram, ouviram pedidos de autógrafos e receberam presentes.— Não imaginávamos que a série fizesse tanto sucesso. Sei que os brasileiros adoram telenovelas e, talvez por isso, "Pretty little liars" tenha dado tão certo por aqui, já que a trama tanto enfatiza os dramas amorosos e pessoais das quatro adolescentes, como é cheia de mistérios — acredita Lucy, a intérprete de Aria, lamentando não ter sido possível atender a todas as garotas que as abordaram nas ruas e acamparam em frente aos hotéis.
Meninas acima de 13 anos são o público-alvo da atração, uma espécie de "Desesperate housewives" adolescente. Na história, Alison (Sasha Pieterse), líder de um grupo de cinco amigas de escola, é assassinada. Depois do crime, Aria, Emily (Shay), Spencer (Troian Bellisario) e Hanna (Ashley Benson) começam a ser chantageadas por alguém que ameaça expor todos os segredos da turma. Nas mensagens por e-mail ou SMS, o misterioso chantagista apenas assina "A.".
Baseada na série de oito livros de Sara Shephard, a trama não se esquiva de temas delicados para a faixa etária, como bulimia e sexo. Logo na primeira leva de episódios, Emily assumiu para as amigas e a família que era homossexual. Nos Estados Unidos, o seriado chegou a perder anunciantes por causa da pressão de uma associação ultraconservadora. Mas o revés foi passageiro e o sucesso de público ajudou a aumentar a verba de produção do segundo ano.
— A cena em que Emily revela que é lésbica foi a mais difícil de minha carreira. Mas, depois, senti um grande alívio. Sofria com a personagem, que teve de esconder das pessoas que mais ama algo tão importante — lembra Shay, elogiando a delicadeza dos roteiristas ao tratar o assunto sem preconceitos.
É graças a esta forma de abordar questões espinhosas da adolescência que as atrizes acreditam que a atração seja capaz de agradar a pais e filhos.
— Esta é a idade certa para discutir sexualidade, tolerância e autoestima. São temas universais. Todos passam por esta etapa de dúvidas e autoconhecimento — completa Lucy, já comemorando a confirmação da terceira temporada, que começa a ser gravada em abril.
Mas vamos com calma! Ainda nesta temporada, que começa no Brasil no fim de março, finalmente será revelado quem é "A". Lucy garante que o público vai se surpreender tanto quanto ela. As atrizes também adiantam que o fim deste segredo dará origem a outros mistérios.
Lucy e Shay concordam que a série tem muito em comum com "Desperate housewives", comparação que as deixa orgulhosas.
— Seria incrível também conseguir chegar a oito temporadas — torce Lucy, que, por via das dúvidas, investe na carreira paralela de cantora e, até o fim do ano, lança seu CD de estreia, com repertório country.
Na véspera da entrevista num hotel em São Paulo, a atriz conta que viu na TV um episódio da série dublado em português e tomou um susto com a voz de sua personagem:
— Foi engraçado ouvir sair da minha boca uma voz que não é minha.
Espero que tenham gostado!!
bjinhos G-
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